sábado, 24 de março de 2012

A secularização do mundo complexo e o evangelho


Vivemos num mundo secularizado. A religião ocupa um espaço cada vez mais reduzido, especialmente no Primeiro Mundo. Significa que o ocidente experimenta a realidade de governo, leis, educação, mídia que excluem Deus da vida.

A exclusão da religião da cultura, das artes e a formação secularizada do homem moderno é uma realidade que se confirma constantemente. Desde a renascença, paulatinamente Deus foi banido da civilização ocidental e substituido pelo humanismo.

 A maioria continua afirmando que acredita em Deus, porém, a importância da “fé” no dia a dia é irrelevante. O temor de Deus desaparece. O otimismo da fé na capacidade do homem resolver seus problemas e alcançar seus objetivos utópicos ocupa o lugar de fé num futuro melhor após a morte.

 Quem precisa de Deus, se a ciencia e o progresso tem as ferramentas para dominar a natureza e a razão humana tem a inteligência suficiente para encarar todos os desafios.
“O Deus desta era cegou o entendimento dos descrentes para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Co 4.4NVI).

 Paulo escreveu estas palavras num contexto duma sociedade imersa na idolatria e magia. Após a conquista do Império Romano pelo cristianismo, este dominou todas as facetas da vida. O cristianismo tomou o lugar do paganismo. A penetração do cristianismo institucionalizado com o papa no pináculo do poder, sujeitou a cultura europeia à força da religião até a renascença.

 A reação do iluminismo começou a desmoronar o domínio da religião cristã no centro da vida. Filosofias humanistas questionaram as certezas afirmadas pela Igreja durante séculos. A ciencia começou a ganhar espaço com descobertas deslumbrantes. Um novo paradigma garantiu que não era o planeta terra, mas o sol, que estava no centro do sistema solar. O telescópio demonstrou que o universo era imenso, milhões de vezes maior do que se imaginava.. A tentativa da Igreja combater estas novas descobertas trouxe descrédito sobre o cristianismo.

Mais recentemente a teoria de evolucão foi aceita como uma alternativa viável em lugar da descrição bíblica do origem do universo e do homem. A nova mentalidade, de acordo com G.K. Chesterton, foi de um deus que escreveu a peça de teatro e a entregou ao ator humano que não lembrava mais do autor e nem do propósito de montar a peça. 

Os livres pensadores creram que o progresso depende da inteligência e criatividade do homem e não da revelação de um deus que, se existe, não influencia os acontencimentos naturais. Nietzsche ousadamente declarou que Deus morreu. Marx acreditava que as forças determinantes econômicas produziriam uma sociedade harmoniosa. 

Os que produzem segundo suas habilidades supririam as necessidades de todos.
Um desencantamento tem ameaçado a utopia dos filósofos e sociólogos. Os avanços científicos tem acarretado com alguns elementos negativos. A rápida destruição da natureza, a poluição, o aquecimento da camada de ar e o aumento do burraco de ozone, provocados pelas emissões de gases, tem sido desalentador. 

Doenças novas como AIDS e SARS tem sido inimigos da humanidade difíceis de combater eficazmente. A violência no mundo, as guerras, a incapacidade das autoridades controlar as drogas e o terrorismo, todos são sintomas de um mundo que perde a esperança de encontrar soluções humanistas definitivas para todos os problemas que afligem a humanidade.

O cristão encara este quadro desalentador com uma avaliação bíblica. “Todos pecaram e estão destituidos da glória de Deus”. A corrupção do coração do homem leva à conclusão que a humanidade nunca alcançará a perfeição do Paraíso sem a intervenção do Criador. A exclusão de Deus pela mídia e a política escolar, é simplesmente uma reação do coração soberbo que pensa que tudo pode por conta própria.

A declaração da Bíblia que o Cristo ressurreto e entronizado reinará até que ele ponha todos os inimigos debaixo dos seus pés é a alternativa cristã. O último inimigo a ser vencido pelo Senhor é a morte. Não adianta sonhar com um salto da humanidade até o Paraíso sem que primeiro o pecado seja vencido pela nova criação e o juizo final. Maranatha (Vem, Senhor).


O Evangelho

A. Rm 1.18 – A ira de Deus se manifesta contra toda impiedade

e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça.

B. O amor de Deus tem de seguir a compreensão do
profundidade da rebelião e pecado do homem. Rm 3. 10 “Como está escrito não há justo, nem um sequer”. Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus. Rm 3.23

C. Em Rm 1 percebemos a gravidade do pecado dos homens reside no fato que pecadores tendo conhecimento de Deus, mas não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, se tornaram nulos em seus próprios racioncínios obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Trocaram a glória de Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível”.

D. Rm 5.12 ensina claramente que o pecado de Adão também foi o pecado de todos os seus descendentes. Para de se livrar desse pecado original que contamina a natureza profundamente é necessário que o Segundo Adão se encarne, cumpre toda a justiça (Mt 3.15), e providencie redenção por meio de Jesus Cristo (Rm 3.24). Deus propôs a Cristo no seu sangue como propiciação para que mediante a fé manifeste sua justiça substitutiva. “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que , nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).

E. No mundo contemporâneo pecado não passa de um erro, e isso somente quando prejudica os outros. A defesa do homem secularizado é que não sou ruim. Não cometi nenhum crime. Sou bem intencionado de modo se houver um juizo no futuro certamente Deus me aceitará tal com sou.

F. O mundo complexo não acredita no inferno e nem no juizo de Deus.que condenará todos que náo são justificados pela morte de Cristo, aceita pela fé.
O Papa João Paulo II declarou que o inferno é a vida que nós criamos para nos mesmos. Os sofrimentos de sta vida com tantos problemas e dificuldades é suficiente inferno.

G. O mundo complexo moderno, se crer que existe uma vida
após a morte, não está esperando o juízo de Deus.
No curso (Cristianismo Investigado) preparado para evangelizar o homem moderno inglês, a equipe de J. Stott, apresenta como nós devemos fazer a nossa parte segundo 2 Co 4.1-6.
Enquanto o mundo capitalista que depende de marketing e engano.

O evangelho tem de ser apresentada como ele é, verdade como Deus é verdade. Jo 14.6 e Deus não pode mentir.


1. Não age sem integridade – “NÃO ANDANDO COM ASTÚCIA”, v. 2 falamos a verdade com sinceridade genuina.

2. Age com fidelidade – não distorcemos a Palavra de Deus” – temos obrigação de falar toda a verdade, inclusive as partes duras.- pecado, inferno, juízo, arrependimento.

3. Explica com inteligência e compreensão – “pela manifestação da verdade’ (v. 2b) apresenta a verdade de maneira clara.

4. Manifesta humildade – não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor. 4.5

Faz parte da complexidade do mundo pecaminoso em que vivemos que os homens acham mais legal produzir sua própria justiça do que humildemente, pela fé depender unicamente da justiça de Cristo oferecida de graça para nós.




Dr. Russel Shedd

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